Atualmente o país ocupa o primeiro lugar como maior exportador de café do mundo e segunda posição, entre os países consumidores da bebida.
Durante o período do Brasil Império, o café ficou famoso como "ouro verde" devido à prosperidade sem igual que trouxe à nação. Até os dias de hoje, a produção de café continua sendo uma das atividades econômicas mais importantes do país, que é consolidado como o principal exportador de café do mundo há mais de 150 anos, com uma contribuição correspondente a um terço da produção global de café. Além de ocupar a segunda posição entre os países que mais consomem a bebida. Os principais destinos de nossas exportações são os Estados Unidos, Alemanha e Bélgica.
A tradição de consumir café no Brasil tem raízes que remontam ao século XIX, sendo um elemento essencial à cultura brasileira. Este hábito representou um dos pilares fundamentais na construção e fortalecimento da economia brasileira. É possível notar que cada vez vem aumentando mais o interesse dos consumidores por consumirem cafés de qualidade e a qualidade do café brasileiro tem ganhado reconhecimento internacional.
O café tem a capacidade de gerar 2 bilhões de dólares por ano e aproximadamente 26 milhões de sacas, segundo uma pesquisa recente realizada. O que deixa inegável o quanto é uma fonte de renda importante para o país. Além de gerar mais de 8 milhões de empregos diretos e indiretos no Brasil, o que torna a cafeicultura a cadeia produtiva que mais gera empregos no ramo de agronegócio.
Na produção do café a agricultura familiar se destaca, pois corresponde a 78% da produção total do insumo, ou seja, pequenos e microempreendedores cuja administração da propriedade é compartilhada pela família. Nesse contexto, tanto a força de trabalho quanto a atividade produtiva agropecuária desempenham papel fundamental como principal fonte de renda. Adicionalmente, o agricultor familiar mantém uma conexão peculiar com a terra, visto que esta serve como local de trabalho e residência.
Os estados que mais se destacam, no sentido de concentração de cafeicultores e cafeicultoras, são Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Rondônia e Paraná, de acordo com informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Destaca-se ainda que a produção de café se estende por 1.983 municípios brasileiros, evidenciando a abrangência geográfica significativa dessa atividade no país, o qual possui mais de 330 mil propriedades rurais voltadas para a produção de café.
Olhando para a questão da sustentabilidade no mercado do café, atualmente mais de 15% da produção no Brasil são cafés com certificado socioambiental. De acordo com dados da Euromonitor International, entre 2015 e 2020, observou-se um aumento de aproximadamente 30% no faturamento proveniente da comercialização de cafés orgânicos certificados.
Cada vez mais, mercados estão demonstrando interesse por esse tipo de café, chegando a pagar mais por esse produto. As projeções indicam que nos próximos anos essa categoria continuará em ascensão. Além de o mercado brasileiro do café se destacar como um dos mais rígidos em relação às questões sociais e ambientais, demonstrando um compromisso crescente com a incorporação de práticas sustentáveis.
Essa tendência é impulsionada não apenas pelas exigências dos consumidores locais, mas também pelas demandas crescentes dos consumidores internacionais, que buscam padrões mais sustentáveis em toda a cadeia produtiva do café.
Apesar das produções reduzidas e da queda no consumo interno que sucederam a pandemia de COVID-19, o mercado mantém um otimismo perseverante. Isso se deve ao fato de que a cafeicultura permanece como uma das atividades econômicas mais cruciais do país, contribuindo significativamente para a geração de empregos, renda e aprimorando a qualidade do produto final a cada ano.
O que achou do conteúdo? Está interessado em explorar oportunidades de investimento ou aprender mais sobre esse setor em constante expansão? Não deixe de explorar informações adicionais – entre em contato com a Atlântica para descobrir como podemos auxiliá-lo!