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Os 5 Ps para Elaboração de Estratégias: como ter sucesso na sua empresa?

Todo empresário concorda que definir estratégias e metas é um desafio para nossas empresas. Esse desafio se torna ainda maior para Empresários Juniores, que geralmente não conhecem ferramentas e metodologias de Gestão, Planejamento e Avaliação usadas no mundo corporativo. Por essa razão, nesse artigo mostraremos de que maneira sua empresa pode elaborar uma estratégia de forma eficiente e que permita alcançar os resultados desejados.


Mostraremos que o conceito de estratégia comumente adotado pode ser visto a partir de diferentes contextos e variáveis emergentes, que permitirão a você elaborar uma estratégia ainda mais forte e precisa. Para isso, serão apresentados os Cinco Ps da Estratégia e de que forma estes devem ser inseridos e pensados no momento da elaboração e execução de uma estratégia diferenciada.



PENSANDO A ESTRATÉGIA POR OUTRO ÂNGULO


Imagine uma pergunta: "O que é estratégia para você?"


Ao se depararem com essa questão, a maioria das pessoas irá relacionar diretamente com a ideia de planejamento ou plano. Embora essa definição não esteja errada, ela é incompleta e superficial. Essa definição adotada no senso comum leva a pensarmos a estratégia como um plano elaborado de forma antecipada, como uma diretriz a ser seguida sem alterações.


Entretanto, um plano, quando traçado de acordo com determinada circunstância, pode ser alterado, conforme mudanças de contexto ou outros fatores. É dessa mesma forma que a estratégia deve ser pensada: ela pode e deve ser algo mutável de forma a se adaptar aos diferentes contextos e mudanças da empresa, sempre buscando pensar à frente.


5 PONTOS QUE DEVEM SER CONSIDERADOS NA SUA ESTRATÉGIA


Para estabelecer uma boa estratégia, que possa ser adequada ao longo do percurso, é importante pensarmos nos 5 Ps da estratégia, que são (MINTZBERG, 2006):

  • Plano

  • Padrão

  • Posição

  • Perspectiva

  • Pretexto

Os 5 P's da Estratégia, definidos por Mintzberg (Fonte: Expert Program Management)


Plano: Por onde começar?

Vamos primeiramente tentar mudar a forma de pensar. Não devemos enxergar a estratégia como apenas um plano a ser elaborado antecipadamente e seguido de forma rígida, sem adaptações. Quando necessárias, adaptações não devem ser vistas como desvios de rota ou erros no plano inicialmente traçado.


Em alguns momentos, as ações não serão realizadas conforme foram planejadas, o que nos leva ao próximo P.


Padrão: Aprendendo com as experiências passadas.

Qual lição podemos tirar de experiências anteriores? Por meio do padrão de comportamentos apresentados, da coerência do comportamento humano, considerando o passado histórico e a frequência de certas práticas, busca-se inserir estes fatores na elaboração da estratégia pretendida e planejada.


Posição: Onde minha empresa está localizada?

Nesse ponto, temos a estratégia definida por meio da localização de determinados produtos em certos mercados, ou a localização da organização em determinados ambientes. Assim, é característica deste ponto a interação entre empresa e ambiente, entre os contextos interno e externo.


Perspectiva: Qual a maneira de enxergar o mundo da minha empresa?

Aqui o foco passa a ser olhar para dentro das organizações e para dentro da cabeça dos estrategistas. A perspectiva é então como a organização age, considerando sua maneira de enxergar o mundo. Portanto, é possível mudar de posição dentro de uma perspectiva, mas difícil de mudar de perspectiva. É uma visão mais ampla.


Pretexto: O que minha empresa busca alcançar?

Podemos pensar neste ponto como sendo uma manobra ou algum truque para superar um oponente ou concorrente. Trata-se de uma ação ou conjunto de ações que visam desestruturar ou prejudicar os concorrentes.

O exemplo mais comum é o anúncio de uma empresa sobre a implantação de uma nova unidade, buscando conquistar novos mercados. Nesse caso, o embuste visa a desestruturar a concorrência, desestimulando-a a lutar por aquele mercado especificamente.

Fluxo de estratégias pretendidas, deliberadas e realizadas (Fonte: Redirection)


Assim, considera-se estratégia como algo que pode ser deliberado, quando ocorre de maneira a seguir o planejado, ou como algo que foi planejado mas não realizado. Contudo, as estratégias podem ser, também, emergentes, quando sofrem alterações oriundas de providências e ajustes necessários ao longo da ação.



CONCLUSÕES


Assim, ao pensarmos na elaboração de uma estratégia, seja para uma empresa pública, como demonstrado por Jaeger (2019) no âmbito de uma Universidade Federal, assim como em uma empresa privada, devemos considerar que mudanças ao longo do caminho são compatíveis com uma estratégia de sucesso. Os 5 P's da Estratégia devem ser analisados em conjunto, sem excluir as mudanças ambientais que possam vir a surgir. Se necessário, devem ser feitas adaptações e, assim, criadas estratégias emergentes que atendam à estas alterações de contexto.


Considerando estes pontos, é possível a elaboração de estratégias mais alinhadas com o cenário em que nos encontramos e com o ambiente em que estamos inseridos. Assim, a formulação de uma estratégia deliberada, que considera possíveis caminhos emergentes, pode representar fator crucial para um processo de internacionalização bem sucedido, ampliando as operações de exportação e importação. Afinal, ela considera as mudanças ocorridas nos mercados, nos produtos e nos acordos internacionais e entre nações.



Referências


MINTZBERG, H. Moldando a estratégia. In: MINTZBERG, H et al. O processo da estratégia: conceitos, contextos e casos selecionados. 4 ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.


MINTZBERG, H.; AHLSTRAND, B.; LAMPEL, J. Safári de Estratégia: um roteiro pela selva do planejamento estratégico. Porto Alegre: Bookman, 2010.


JAEGER, Roger de Bem. Estratégias de Financiamento da Universidade Federal do Rio Grande do Sul: Um estudo de caso no contexto universitário. 2019. Dissertação (Mestrado) Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Escola de Administração, Porto Alegre - RS


 

Autoria: Arthur Gehrke, mestrando em Administração pela UFRGS.

Edição: Julia Bérgamo e Giovana Pertuzzatti Rossatto.

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